domingo, 7 de agosto de 2011

A condição de amar

É como em um diário de uma adolescente idiota...
Falar sobre o que se sente sempre me pareceu idiota.
Mas aproveito as circunstâncias em que minha mente se encontra, em total estado de vulnerabilidade, para escrever as tais das bobagens.
Coloco-me como um rato de laboratório. A cobaia.
Imagine que se  insere na pobrezinha um problema de coração, e a partir daí vê-se, estuda-se as conseqüências causadas pelo mal (ou bem) em questão.
Analiso-me.
Sou a cobaia e o cientista pesquisador. O problema é que com certeza isso alterará a imparcialidade das conclusões a serem tiradas. Se bem que na disciplina de literatura/português já dizia minha professora: " a imparcialidade quase que não existe". Sendo assim, não vejo problema em fazer ambos os papéis.
Sim! Amar é um tormento. Se algum dia te perguntarem se já foi apaixonado, e você levar mais de 3 segundos para responder, creio que não seja necessário eu saber da sua história para dar esta resposta por ti. Quem amou sabe. Não se pode comer sem pensar no/na "tal", nem dormir, nem pegar um ônibus, nem trabalhar com pensamentos indiferentes. Nem andar, nem fazer compras, nem conversar com amigos, nem nadar, nem nada..
Há sempre um sorriso na cara, feito o de um palhaço bobo. Torna-se este, o ato de sorrir, extremamente involuntário, assim como as batidas cardíacas e a respiração o são.
Não é você dono de si apenas. Você é parte. É você a parte.
Isso não é perder o amor próprio, é atenuá-lo somente.
Permitir com que outro alguém ocupe um lugar tão nobre (seus pensamentos), e em seguida deixar que isso modifique, talvez em um futuro, todo um contexto de vida: sua casa, sua rotina, suas ambições, é o sublime da verdade, porque é o "deixar-se levar", "permitir-se", "arriscar-se".
Amar é belo, apesar de ser tão confuso;
E é confuso, apesar de parecer tão simples
Amar é preciso.

Tamiris Vescovi Casotto.